#AgostoLilás - Mês de Conscientização pelo Fim da Violência Contra a Mulher
O que é o Agosto Lilás?
O Agosto Lilás é uma campanha que surgiu em 2016, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, e foi idealizada pela Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) com o objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha.
Desde então, vem se fortalecendo como uma forma de conscientizar e sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de divulgar serviços de atendimento e suporte às vítimas e os mecanismos de denúncias existentes.
Os tipos de violência doméstica
Para falar sobre o Agosto Lilás, é preciso entender que há cinco tipos de violência doméstica e familiar que, de acordo com o Instituto Maria da Penha, são as seguintes:
Violência física
Trata-se de qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, por exemplo:
- Estrangulamento ou sufocamento;
- Tortura;
- Ferimentos causados por armas de fogo ou queimaduras;
- Lesões com objetivos perfurantes ou cortantes;
- Espancamento;
- Apertar os braços, sacudir ou atirar objetos.
Violência psicológica
Condutas que gerem dano emocional e redução da autoestima, prejudique ou perturbem o desenvolvimento da mulher ou tenham como objetivo degradar ou controlar crenças, escolhas e comportamentos.
São consideradas atitudes de violência psicológica:
- Humilhação;
- Ameaças;
- Manipulação;
- Constrangimento;
- Isolamento;
- Perseguição insistentes;
- Vigilância;
- Chantagem;
- Insultos;
- Exploração;
- Ridicularização;
- Limitação do direito de ir e vir;
- Gaslighting.
Violência sexual
Comportamento que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada diante de ameaça, coação ou uso da força:
- Estupro;
- Impedir o uso de métodos contraceptivos;
- Forçar o aborto;
- Obrigar a fazer atos sexuais que geram desconforto ou repulsa;
- Forçar o casamento, gravidez ou prostituição por meio de manipulação, suborno, chantagem etc;
- Reduzir ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
Violência patrimonial
Conduta de retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, valores, direitos, bens ou recursos econômicos:
- Destruição de documentos pessoais;
- Estelionato;
- Privar de bens, valores ou recursos econômicos;
- Controlar o dinheiro da mulher;
- Não pagar pensão alimentícia;
- Gerar danos propositais aos objetos da mulher;
- Furto, extorsão ou dano.
Violência moral
Comportamento que se configura como difamação, calúnia ou injúria:
- Fazer críticas falsas;
- Expor a vida íntima;
- Acusar de traição;
- Emitir juízos morais sobre a conduta;
- Rebaixar a mulher com xingamentos sobre sua índole;
- Desvalorizar a mulher devido ao seu modo de se vestir;
- Acusar de traição.
Como ocorre o ciclo da violência doméstica?
De acordo com a psicóloga norte-americana, Lenore Walker, a violência doméstica costuma acontecer dentro de um ciclo de três fases. Vamos conhecer mais a fundo cada uma delas:
1. Aumento da tensão
É um momento em que o agressor parece irritado e tenso com coisas insignificantes. Pode ter ataques de raiva, destruir objetos, humilhar a mulher e fazer algumas ameaças.
A mulher, por sua vez, tenta evitar comportamentos que possam irritá-lo, procurando acalmar o agressor, o que gera ansiedade, medo, tristeza e angústia.
É comum que, nessa primeira fase, a mulher negue que está sofrendo violência doméstica e esconda os acontecimentos de amigos e familiares. Também é normal que ela busque em suas ações e falas erros que justifiquem o comportamento do agressor.
A tensão pode durar dias ou anos e, quanto mais intensa, maiores são as chances de chegar à segunda fase.
2. Ato de violência
Trata-se da explosão. É quando o agressor se descontrola e age violentamente contra a mulher.
Portanto, a tensão acumulada na primeira fase se materializa em uma ou mais formas de violência (lembrando que são cinco tipos).
Nesse momento, a mulher tem consciência de que o agressor está fora de controle e é capaz de machucá-la de diferentes formas, mas se sente paralisada.
Há, portanto, uma tensão psicológica severa que ocorre por meio de sintomas como insônia, fadiga constante, ansiedade, ódio, solidão, medo, vergonha, confusão etc.
Essa segunda fase é quando algumas mulheres tomam a decisão de buscar ajuda, denunciar o caso, se separar, se esconder na casa de pessoas próximas ou, em situações mais graves, se suicidar.
3. Arrependimento e carinho
Por fim, a terceira fase do ciclo é conhecida como “lua de mel” e muito marcada pelo arrependimento do agressor.
A fim de conquistar a reconciliação, ele age carinhosamente e a vítima, por sua vez, se sente pressionada e confusa. Ele tende a dizer que vai mudar e é comum ela acreditar.
Normalmente, durante um tempo, as coisas se acalmam e a mulher até se sente feliz por perceber os esforços e mudanças de atitude. Visto que o agressor revela remorso, ela se sente responsável por ele, o que fortalece a relação de dependência.
No entanto, a paz não dura muito tempo e um misto de medo, confusão, ilusão e culpa permeiam a vítima quando a tensão volta e o ciclo recomeça na fase um.
Qual é a relação entre violência doméstica e saúde mental?
Casos de violência doméstica são graves, podendo até mesmo levar à morte da vítima, seja pelas mãos do próprio agressor ou porque ela já entrou em um quadro depressivo tão grave que decide tirar a própria vida.
Há uma relação direta entre a violência e os transtornos mentais que podem ser desencadeados e afetar drasticamente o bem-estar e a qualidade de vida da vítima.
Elas estão propensas a desenvolver diversos problemas de saúde mental, sendo os mais comuns:
Transtorno de estresse pós-traumático
É um transtorno que impacta pessoas que sofreram ou foram testemunhas de situações traumáticas.
No caso da violência doméstica, ao recordar as experiências vivenciadas com o agressor, são desencadeadas reações no corpo e na mente. Os principais sintomas costumam ser:
- Taquicardia;
- Sudorese;
- Mudanças no padrão de sono;
- Pesadelos;
- Isolamento social;
- Rejeição de atividades que lembrem a experiência traumática;
- Irritabilidade;
- Pensamentos recorrentes sobre o trauma.
Depressão
A violência doméstica impacta diretamente a autoestima da vítima. Além disso, o sentimento de culpa e a falta de convívio social até mesmo para esconder a situação de amigos e familiares, são fatores que podem desencadear a depressão.
Tristeza profunda, falta de motivação, insônia ou sono excessivo, perda de interesse por atividades prazerosas, medo, pensamentos suicidas e angústia são sintomas comuns em quem sofre com o transtorno.
Ansiedade
Medo, estresse e angústia se tornam grandes companheiros diários da mulher que sofre violência doméstica. Por isso, ela está propensa a desenvolver transtornos de ansiedade como:
- Síndrome do pânico;
- Fobias específicas;
- Ansiedade generalizada.
De acordo com cada diagnóstico, há sintomas físicos e psicológicos específicos que atingem a vítima, mas, no geral, podemos citar alguns dos mais comuns:
- Falta de ar;
- Preocupação excessiva;
- Taquicardia;
- Fala acelerada;
- Agitação;
- Tensão muscular;
- Tontura e sensação de desmaio;
- Enjoo e vômitos;
- Irritabilidade;
- Enxaquecas;
- Boca seca;
- Insônia;
- Dificuldade de concentração;
- Medo constante;
- Sensação de que algo ruim vai acontecer;
- Desequilíbrio dos pensamentos.
Os tipos de violência doméstica
Para falar sobre o Agosto Lilás, é preciso entender que há cinco tipos de violência doméstica e familiar que, de acordo com o Instituto Maria da Penha, são as seguintes:
Violência física
Trata-se de qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, por exemplo:
- Estrangulamento ou sufocamento;
- Tortura;
- Ferimentos causados por armas de fogo ou queimaduras;
- Lesões com objetivos perfurantes ou cortantes;
- Espancamento;
- Apertar os braços, sacudir ou atirar objetos.
Violência psicológica
Condutas que gerem dano emocional e redução da autoestima, prejudique ou perturbem o desenvolvimento da mulher ou tenham como objetivo degradar ou controlar crenças, escolhas e comportamentos.
São consideradas atitudes de violência psicológica:
- Humilhação;
- Ameaças;
- Manipulação;
- Constrangimento;
- Isolamento;
- Perseguição insistentes;
- Vigilância;
- Chantagem;
- Insultos;
- Exploração;
- Ridicularização;
- Limitação do direito de ir e vir;
- Gaslighting.
Violência sexual
Comportamento que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada diante de ameaça, coação ou uso da força:
- Estupro;
- Impedir o uso de métodos contraceptivos;
- Forçar o aborto;
- Obrigar a fazer atos sexuais que geram desconforto ou repulsa;
- Forçar o casamento, gravidez ou prostituição por meio de manipulação, suborno, chantagem etc;
- Reduzir ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
Violência patrimonial
Conduta de retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, valores, direitos, bens ou recursos econômicos:
- Destruição de documentos pessoais;
- Estelionato;
- Privar de bens, valores ou recursos econômicos;
- Controlar o dinheiro da mulher;
- Não pagar pensão alimentícia;
- Gerar danos propositais aos objetos da mulher;
- Furto, extorsão ou dano.
Violência moral
Comportamento que se configura como difamação, calúnia ou injúria:
- Fazer críticas falsas;
- Expor a vida íntima;
- Acusar de traição;
- Emitir juízos morais sobre a conduta;
- Rebaixar a mulher com xingamentos sobre sua índole;
- Desvalorizar a mulher devido ao seu modo de se vestir;
- Acusar de traição.
Como ocorre o ciclo da violência doméstica?
De acordo com a psicóloga norte-americana, Lenore Walker, a violência doméstica costuma acontecer dentro de um ciclo de três fases. Vamos conhecer mais a fundo cada uma delas:
1. Aumento da tensão
É um momento em que o agressor parece irritado e tenso com coisas insignificantes. Pode ter ataques de raiva, destruir objetos, humilhar a mulher e fazer algumas ameaças.
A mulher, por sua vez, tenta evitar comportamentos que possam irritá-lo, procurando acalmar o agressor, o que gera ansiedade, medo, tristeza e angústia.
É comum que, nessa primeira fase, a mulher negue que está sofrendo violência doméstica e esconda os acontecimentos de amigos e familiares. Também é normal que ela busque em suas ações e falas erros que justifiquem o comportamento do agressor.
A tensão pode durar dias ou anos e, quanto mais intensa, maiores são as chances de chegar à segunda fase.
2. Ato de violência
Trata-se da explosão. É quando o agressor se descontrola e age violentamente contra a mulher.
Portanto, a tensão acumulada na primeira fase se materializa em uma ou mais formas de violência (lembrando que são cinco tipos).
Nesse momento, a mulher tem consciência de que o agressor está fora de controle e é capaz de machucá-la de diferentes formas, mas se sente paralisada.
Há, portanto, uma tensão psicológica severa que ocorre por meio de sintomas como insônia, fadiga constante, ansiedade, ódio, solidão, medo, vergonha, confusão etc.
Essa segunda fase é quando algumas mulheres tomam a decisão de buscar ajuda, denunciar o caso, se separar, se esconder na casa de pessoas próximas ou, em situações mais graves, se suicidar.
3. Arrependimento e carinho
Por fim, a terceira fase do ciclo é conhecida como “lua de mel” e muito marcada pelo arrependimento do agressor.
A fim de conquistar a reconciliação, ele age carinhosamente e a vítima, por sua vez, se sente pressionada e confusa. Ele tende a dizer que vai mudar e é comum ela acreditar.
Normalmente, durante um tempo, as coisas se acalmam e a mulher até se sente feliz por perceber os esforços e mudanças de atitude. Visto que o agressor revela remorso, ela se sente responsável por ele, o que fortalece a relação de dependência.
No entanto, a paz não dura muito tempo e um misto de medo, confusão, ilusão e culpa permeiam a vítima quando a tensão volta e o ciclo recomeça na fase um.
#AgostoLilás - Mês de Consciência pelo fim da violência contra a mulher.
Essa luta é de todos nós! NÃO SE CALE! DENUNCIE! Ligue 180
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